terça-feira, 2 de março de 2010

18ª jornada: FC Azeméis 3 - 1 Gondomar FC

Cinco inicial: Jota P., Sérgio, Edgar, Filipe Moutinho e Cláudio
Suplentes: Félix, Filipe Magalhães, Fábio, Luís e Bruno
Marcadores: Luís
Disciplina: Cláudio (DA, V) e Bruno (DA, V)

Arbitragem tendenciosa dita derrota

O Gondomar surgiu, no Pavilhão Municipal de Oliveira de Azeméis, desfalcado de diversas unidades, devido a castigos e impedimentos de última hora. Apenas com 7 jogadores de campo disponíveis, o mister José Oliveira montou uma equipa que, apesar das ausências, deu uma excelente resposta em campo, não saindo com um resultado diferente por influências externas à sua prestação. O jogo começou numa toada morna. As equipas faziam posse de bola à vez, sem imprimirem grande velocidade - o respeito mútuo era evidente ou não se encontrassem separadas por apenas 3 pontos na tabela classificativa. Assistia-se a um jogo muito táctico, em que os conjuntos se encaixavam, pautado pelo equilíbrio. Até que, em 2 minutos, tudo mudou, devido à expulsão de Cláudio. Na primeira infracção o árbitro ajuizou bem, visto que Cláudio impediu a progressão do jogador adversário com o braço, merecendo por isso o amarelo mostrado. O lance incendiou os ânimos dos adeptos nas bancadas que não mais se calaram até ao fim do jogo. Quase de seguida, o mesmo árbitro assinalou uma falta ao Gondomar, sensivelmente a meio do seu meio-campo. Os jogadores gondomarenses encontravam-se a fazer a barreira, quando um adversário ameaçou marcar o livre, sem que o árbitro apitasse. Naturalmente e por instinto, Cláudio chegou-se à frente na tentativa de proteger a sua baliza. A bancada explodiu em uníssono a pedir o segundo amarelo ao nosso jogador, pressionando o árbitro. Este, em vez de beneficiar o jogo, que até aí ocorrera sem picardias, atribuiu o segundo amarelo a Cláudio, expulsando-o injustamente. A nosso ver, naquela situação aplicava-se uma advertência, pois o árbitro foi ambíguo e permitiu a simulação da marcação do livre sem ter apitado. Cláudio reagiu por instinto e foi prejudicado pela incompetência e insensibilidade do juiz. A desigualdade numérica inclinou o campo contra o lado gondomarense que, antes de sofrer o primeiro golo, viu uma bola ser defendida com mestria por Jota P. para a trave. Infelizmente a resistência quebrou e o Azeméis chegou ao primeiro golo num lance ao segundo poste. O Gondomar reagiu muito bem às adversidades e partiu para cima do adversário. As oportunidades sucederam-se, mas o guarda-redes adversário não permitiu o golo do empate. Nesta altura, os árbitros voltaram a dar um ar da sua graça ao não assinalarem um penálti claro, por mão dentro da área, na sequência de um remate de Edgar. O Azeméis apenas respirava nos contra-ataques iniciados nas mãos do seu guardião, que colocava muito bem a bola nos avançados. Exceptuando esses lances esporádicos, era o Gondomar que mandava no jogo, fazendo trocas de bola sucessivas e rematando diversas vezes, ainda que sem sucesso. A acabar a primeira parte, o Azeméis marcou novo golo, num contra-ataque rápido, iniciado sem surpresa nas mãos do seu guarda-redes, que isolou um companheiro em frente à baliza de Jota P. O avançado teve frieza suficiente para bater o nosso guarda-redes à sua saída e concretizou o 2-0. O resultado ao intervalo não espelhava o que se passava em campo e o Gondomar surgiu motivado na segunda parte para marcar golos que esbatessem a diferença. Em virtude de uma pressão constante sobre a bola e de muita rapidez nas saídas para o ataque, os gondomarenses confundiram as marcações adversárias e construíram diversas oportunidades de golo. Caprichosamente a bola parecia não querer entrar. Bruno, Filipe Moutinho e Luís tiveram boas hipóteses nos pés para marcarem, contudo os remates saíram sempre na direcção do guarda-redes, que nesta altura era já o homem do jogo, ou ligeiramente ao lado. O Azeméis, fiel ao seu estilo de jogo, criava perigo no contra-ataque, no entanto Jota P. resolvia sempre os problemas que lhe eram colocados. Até que, numa jogada muito bem conseguida, a bola finalmente entrou na baliza adversária. Bruno fez um passe na diagonal, Luís recebeu e rematou de pronto, a bola ressaltou num defesa, e na recarga Luís atirou-a por debaixo dos braços do guarda-redes, fazendo o 2-1. Estava feito o mais difícil e parecia que a sorte do jogo iria mudar. O Gondomar não tirou o pé do acelerador e procurou novo golo. De imediato, depois de uma assistência de Bruno, Filipe Moutinho falhou incrivelmente o golo à boca da baliza, sem ninguém pela frente. A cerca de 9 minutos do final a equipa técnica avançou com o "5 para 4", aproveitando o momento avassalador dos seus jogadores. O Azeméis limitava-se a defender e a tentar o golo de longe. O Gondomar fez uma excelente posse de bola com o 5º elemento, tendo sempre em vista a baliza contrária. Criou diversas oportunidades, mas injustamente não viu os seus esforços serem premiados. Quem chegou ao golo, contra a corrente, foi o Azeméis, através de um excelente pontapé do seu guarda-redes, de área a área, por cima de Sérgio, que era o último homem e que ainda tocou na bola de raspão, não evitando o golo. A sorte não protegeu os audazes, pelo contrário foram protegidos aqueles que apostaram num jogo defensivo, de expectativa, típico do catenaccio à italiana. O fatídico árbitro que expulsara Cláudio ainda tinha uma carta na manga. Numa confusão despoletada pelo vergonhoso delegado do Azeméis, Bruno, provocado, excedeu-se e insultou-o. A cronometrista foi lesta a acusar Bruno, mas não teve a mesma destreza em relação ao delegado e aos jogadores do banco do Azeméis, que alinharam no coro de insultos. A equipa de sempre foi prejudicada e a recta final do jogo tornou-se aparentemente mais difícil. No entanto, a jogar com 4 jogadores de campo, sem guarda-redes, o Gondomar continuou a pressionar e a procurar o golo, não o alcançando, mas dando uma grande prova de carácter, asfixiando o adversário, que ainda se estará a perguntar como teria ganho sem a preciosa ajuda da equipa de arbitragem e a magistral exibição do seu guarda-redes. Importa ainda referir que o árbitro que nos roubou, não há outro termo, é o mesmo que tinha participado na vergonha em Covão Lobo. O indivíduo deve sonhar com o nosso clube e para se perceber a sua fixação, note-se que 3 das 5 ordens de expulsão que a equipa conta no seu trajecto no campeonato foram dadas por ele. Coincidência a mais.

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